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Igreja de Santa Cruz - Aqui nasceu Lisboa

A Igreja Paroquial do Castelo, também conhecida por Igreja de Santa Cruz, é uma edificação do século XVIII, ocupando a implantação do templo primitivo construído no século XII, onde existiu uma antiga mesquita. Possui um considerável acervo religioso, artístico e cultural e é detentora dos registos paroquiais mais antigos da cidade, datando o primeiro assento de casamento de 26 de setembro de 1536.

Segundo a tradição, era uma mesquita moura que, após a conquista de Lisboa a 25 de outubro de 1147, teria sido purificada e sagrada pelo Arcebispo de Braga, D. João Peculiar, e por mais quatro bispos sufragâneos. Esta sagração terá ocorrido a 1 de novembro desse mesmo ano, para nela entrar o cortejo real, liderado por D. Afonso Henriques, junto com uma relíquia da Santa Cruz, hoje exposta em permanência no interior da igreja.

É um templo de uma única nave, possuindo três capelas de cada lado e respetivas tribunas com estilos artísticos diferentes, nomeadamente barroco, pombalino e neoclássico. Detém, também, uma torre sineira que assenta na torre da muralha da Alcáçova do Castelo de S. Jorge, hoje utilizada como atrativo turístico, através do projeto “Torre da Igreja”.

A Igreja Paroquial do Castelo está ligada ao culto de São Jorge – dedicando-lhe um retábulo -, o santo que venceu os inimigos da fé, padroeiro da conquista da cidade de Lisboa e, tudo indica, trazido pelos ingleses que ajudaram na batalha contra os mouros.

Embora não expostos ao público, a Igreja detém, ainda, nove quadros de autoria de Domingos António de Sequeira, pintor português da segunda metade do século XVIII, que retratam membros da Ordem dos Cartuxos em Martírio.

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